A campanha para promover a paz no clássico entre Goiás e Vila Nova neste sábado tem movimentado os dois clubes. Entretanto, na tentativa de manter um diálogo, as diretorias dos dois times tem mostrado que realmente não falam a mesma língua. Após a cúpula vilanovense ter discordado do que ficou decidido na reunião de ontem, um novo encontro nesta terça-feira definiu que o jogo não terá mais promoção para os torcedores esmeraldinos, e os preços ainda seriam divulgados pelo time alviverde.
Após todo o imbróglio, o superintendente do Goiás, Marcelo Segurado, já revelou os novos preços dos bilhetes. Os torcedores que quiserem acompanhar o clássico pagarão R$ 40 para a cadeira, e R$ 20 pela arquibancada, sem promoção alguma. Houve mudança também nos locais de comercialização dos ingressos. Somente nas lojas Flávio´s e no estádio da Serrinha as entradas poderão ser compradas. Segundo Marcelo Segurado, o Goiás não vai disponibilizar ingressos para serem vendidos no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga.
- Depois de tudo isso, resolvemos fazer assim. Não comunicamos eles (Vila Nova) que não venderemos no OBA, e nem acho que precise. Agora eles que se virem – declarou o superintendente.
Serão 40 mil ingressos à disposição, e a venda começa nesta quinta-feira. As definições e indefinições em relação ao clássico irritaram o dirigente esmeraldino.
- Eu realmente estou frustrado por toda essa perda de tempo. Ontem nós decidimos uma coisa, e o Vila Nova voltou atrás. O Ministério Público alegou o estado de direito, de que estaríamos inibindo uma parcela da população a comparecer no jogo. Mas o que estava sendo feito era apenas uma proibição de que o torcedor do Vila Nova se manifestasse, e assim seria feito na partida de volta – disse Segurado.
O diretor ressaltou que o foco principal não foi desviado. Todos os esforços para que o jogo transcorra sem violência serão feitos, segundo ele. Entretanto, a relação política entre os dois rivais ficou estremecida.
- Está tudo tranquilo. Eles só não querem avançar, ainda são um pouco reacionários – afirmou o superintendente.
“Também temos o direito de comprar o ingresso”
Sizenando Ferro, o presidente da New Ville Sports, empresa que gerencia o futebol no clube, confirmou que não foi comunicado sobre a decisão do Goiás de não disponibilizar ingressos para serem vendidos no Onésio Brasileiro Alvarenga. Segundo ele, até esta quarta-feira o clube colorado vai tentar uma conversa com a Federação Goiana de Futebol para que os vilanovenses possam comprar seus ingressos no OBA.
Já sobre a mudança de postura em relação ao resultado da reunião de ontem, em que ficou definida a promoção aos torcedores esmeraldinos, Sizenando admitiu que havia entrado em acordo com o clube rival, mas reforçou que tinha que lutar para garantir os direitos iguais às duas torcidas de ver o jogo.
- Eles não podiam nos privar de comprar o ingresso para o jogo. O que a gente passou é que as duas torcidas merecem ver o jogo. Eles não podiam retirar esse nosso direito. O torcedor do Vila Nova, como consumidor, poderia ir ao PROCON se quisesse pra reclamar sobre essa diferença no preço – se defendeu Sizenando.
O diretor reforçou que o desentendimento entre as duas diretorias não influenciará em nada na campanha pela paz para a partida. Entretanto, ele admitiu que a briga política entre os dois clubes pode ter consequências no segundo turno.
- Com relação à campanha pela paz está tudo tranquilo. Continuamos com as ações para promover a paz, e nada interferirá nisso. Agora se houver algum problema entre os dois clubes isso a gente pode responder no outro jogo.
Também NÃO acho certo isso (vender ingressos só no Serrinha) e deixar de vender no OBA.
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